quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

COMO ARRUMAR AS CAMISETAS

Por sugestão, vou passar algumas dicas sobre como arrumar as camisetas no seu armário.
Antes de iniciar a organização, faça a seleção de suas roupas. Separe as que você já não usa mais, as peças rasgadas, ou pra conserto, ou pra doação. 
Depois, limpe a área a ser arrumada, com um detergente de sua preferência, específico para o material do mobiliário.  e um anti-mofo, e depois de limpo, use spray com essências ou sachês para roupas. Deixam um cheirinho gostoso. 
No Pará, temos o cheiro do Pará, que são guardados em envelopes ou saquinhos, e podem ter essência diferentes, como Patchuli, Alfazema, entre outras. Costumo comprar na Casa do Cheiro. São sempre fresquinhos e deixam um aroma gostoso na casa inteira.
Algumas pessoas sugerem arrumar fazendo rolinhos. Eu particularmente, não gosto, pois por experiência própria, notei minhas roupas bastante amassadas. Mas se você quiser, pode fazer os rolos também, na mesma largura, mas sugiro arrumar em gavetas, pois na prateleira, a possibilidade de se desordenarem é muito maior, por ser mais aberto.
Precisamos primeiro saber a largura, o quanto cabe, a quantidade de roupas existentes.
O gabarito para medir a largura das peças a serem guardadas, depende do quanto se tem de espaço. Você pode cortar uma caixa de papelão grosso em todos os tamanhos que você quiser.
Até uma tábua de carne em plástico ou vidro, podem ser usadas como tamanho. E é fácil de achar e são baratas.
Depois disso, separar as peças por cores, observando uma tabela de cores, que facilmente encontramos na internet.
Após separadas, inicia-se o processo de dobradura dessas peças, na sequência anteriormente separadas.
Como não possuímos somente roupas lisas, as estampas, listras, bolas, devem ser entremeadas, observando a cor predominante na mesma. Assim, quebra a monotonia da sequência das cores.
Arrume na mesma sequência, para um melhor visual. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

        COMO ARRUMAR SEU QUARTO

O tema veio por causa de uma conversa entre amigas, em que falávamos sobre organizar nossas casas, arrumar as coisas, lavar louças, dentre outros assuntos ditos cri-cri (criados e crianças).
Acho que naquele grupo, até me senti meio ET, posto que o parecer emitido pela maioria delas é que já não davam mais importância para isso, pois tinham outros afazeres a se preocupar, que hoje viviam mais suas vidas, que já tinham filhos criados, que tinham "empregadas" que limpavam suas casas e a elas entregavam a arrumação de suas coisas. Literalmente não estavam mais nem aí pro serviço de casa. 
Ah, e complementando diziam: eu que não vou estragar minhas mãos, minhas unhas, e minha "beleza"..
Que bom que as amigas ainda tem as "empregadas", e que podem confiar seus pertences a elas para serem arrumadas.
Hoje é tão difícil.
Eu mesma tive uma secretaria em casa que era como um membro da família. Mas minhas coisas, de meu ex marido, de meus filhos, cama, mesa e banho, sempre gostei de arrumar do meu jeito, e desse modo, saber o que eu tinha.
Hoje ela virou diarista, e eu continuo a arrumar tudo. Não deixo, nem nunca deixei louça na pia. Nunca deixei minha cama desarrumada, roupas jogadas no chão, sapatos e bolsas deixados em qualquer lugar na casa. Mesmo com meus filhos pequenos, sempre me preocupei em guardar suas coisas, e não dormia se tivesse um brinquedo no chão, ou um copo espalhado pela casa.
Também não conseguia dormir se o lençol da minha cama não estivesse esticadinho, e sempre limpo e cheiroso.
Ainda sou assim. Vivo, uso minha casa, mas não sei viver em meio a bagunça e desarrumação. 
Detesto mal cheiro nos ambientes. Tenho 2 cachorros, e mesmo assim, minha ninguém que entra lá jamais me disse que minha casa estivesse com mau cheiro. Por isso eles tomam 2 banhos semanais.
Mas o que mais me causou espanto, foi saber que o próprio quarto, o ambiente mais íntimo, e que deveria ser o mais confortável (não pelo mobiliário, ou o colchão king size), mas pelo fato de se deixar as coisas jogadas, não se sabendo sequer o que tem. 
E a conservação é um processo tão simples, se feita diariamente, que logo torna-se um costume, e acaba sendo estendido pra todos os ambientes da casa.
Dicas básicas para manter seu quarto limpo e organizado.
- abra sempre as janelas pra refrescar e tirar o mau cheiro que fica as vezes até de calçados e roupas suadas;
- varra e passe um pano com um detergente suave, pra ficar o cheirinho da limpeza; (se você tem secretária, ela pode fazer isso diariamente)
- troque o lençol da cama uma ou duas vezes por semana;
- coloque os travesseiros pra pegar um vento. Se possível, o colchão também. (pelo menos uma vez por mês).
- lave o banheiro diariamente, principalmente o vaso sanitário e o box (muitos banheiros exalam cheiro de urina, por não serem limpos corretamente);
- troque também as toalhas e os pisos, sempre que trocar os lençóis. (eleja os dias pra isso).
- mantenha no quarto ou no banheiro um cesto para roupas sujas, e uma lixeira (recolha o lixo diariamente). 
- procure não comer no quarto. Atrai insetos.
- passe um pano com detergente específico para móveis e prateleiras;
- limpe os espelhos e vidros;
- limpe o armário ou closet uma vez por mês, passando detergente suave, um inseticida leve, e utilizando posteriormente um desodorizador de roupas;
- arrume as roupas separando por cores. Facilita demais encontrar as peças, e deixa o armário com um visual maravilhoso;
- procure usar caixas organizadoras para acessórios, bijuterias, cintos, calcinhas, sutiãs, meias, documentos. Etiquete-as para saber o que tem dentro de cada uma delas.

Esse processo inicialmente parece chato e cansativo. Mas com o tempo você só precisará fazer a manutenção.


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Sexta feira, 19 de agosto, 21:54 hs.
Após chegar revigorada de um jantar na casa de meus pais, com boa parte da minha família, e em seguida ir dar um cheiro no meu neto, filho e nora, retorno pra casa e me deparo com a lua tão cheia, brilhosa, é um vento tão forte na sacada, que decidi fazer uma coisa diferente: dormir na rede, embalada pelo vento, sob o luar...
Tem tempo que digo pra mim mesma que iria dormir na sacada , mas fico com vergonha dos vizinhos.. Mas hoje pensei: vergonha de que? Por que? Nenhum paga as minhas contas, estou na minha casa, e tenho direito e liberdade de dormir onde eu quiser... Que se danem, se me acharem doida. Ou talvez até morram de inveja, e quem sabe também não decidem experimentar?
Adoro dormir na rede, apoiar o pé em algum lugar para dar o impulso do embalo. Com a ventania, as saias da rede voam, o frio entra pelo tecido, e refresca o corpo do calor que tem feito em minha cidade. Depois de um dia de enxaqueca, nada melhor do que poder relaxar, e não precisar me preocupar com o que irão pensar.
Deu até inspiração de escrever qualquer coisa, é porque não sobre dormir na rede, na sacada...
Que delicia... O vento está muito forte e chega a dar frio.

domingo, 31 de julho de 2016

VIVENDO SÓ... como você consegue?

Já perdi a conta de quantas vezes me fizeram essa pergunta. E complementam... você é inteligente, "bonita", trabalhadora.... não "refez" sua vida...
Eu mesma já me fiz essa pergunta. Sim.. já fiz.. hoje não faço mais.
Ser, ou estar só, é uma opção.
Eu posso ter alguém, e do mesmo modo estar sozinha.
E posso estar só, mas me sentir plena.
O que é refazer a vida? É lógico que refiz minha vida.
Vejo quantos processos de mudanças minha vida já passou.
Muito jovem conquistei um emprego logo no primeiro concurso que fiz, mal tinha acabado de concluir a faculdade.

Casei, tive 3 filhos maravilhosos, e por quase 22 anos mantive um casamento. Sim, houveram altos e baixos, mas aposto, e sinceramente não acredito em quem me diz viver um mar de rosas num relacionamento. As pessoas divergem, tem gostos, vontades diferentes.... se são iguais, deve ser um tédio, pois a conformidade leva ao se "acostumar" com as coisas, a não querer mudar o que se julga estar dando certo. Mas ao final, acho que deu certo sim... e o produto disso está aí pra provar. Tem nome, sobrenome e já colhemos muito disso. Orgulho, alegrias e até netinhos...

Mas acabou... Bem disse Vinícius de Moraes: que seja eterno, enquanto dure...
Mudei de trabalho....(sim, abri mão de um emprego concursado.... hoje não abriria, mas não adianta chorar o leite derramado)..
Já namorei... podia estar casada novamente.... sim, podia.... Mas não tinha certeza....
Modifiquei meu modo de vida... e como....
Troquei alguns amigos... seriam amigos mesmo? Ficaram os bons momentos... as decepções, resolvi deletar....
Ganhei novos amigos...
Sou caseira... me convide pra um almoço, um jantar, um bate papo informal, um teatro, um final de semana numa praia, onde eu possa pegar meu sol, ver o luar, a natureza, caminhar, correr, viajar, mas não me convide para um baladão. Não critico quem gosta, pois gosto não se discute.  Mas sair da minha casa, meu conforto, pra ir pra um lugar onde o pancadão se sobrepõe à conversa, onde as pessoas perderam a noção do limite da bebida, onde é a linha do respeito, inclusive por si mesmo, parece ter virado regra, pra mim não dá.
Sim, meu nível de exigência ficou muito elevado..
Tenho meus cachorros. Com eles aprendi o sentido da fidelidade.... do amor incondicional....
Como posso achar que não refiz a vida? Por não ter alguém?
Não só refiz a vida. Estou me refazendo. Como pessoa, como mulher. Recuperando auto-estima. Valorizando os meus valores, que achava não ter mais.
Às vezes sinto falta de alguém com quem conversar, compartilhar o dia a dia.... Mas esse alguém ainda não chegou... Mas não me sinto só. Aprendi a gostar dos meus momentos comigo mesma.
Meu compromisso é comigo.
Estou mais leve. Em paz.
Estou feliz... tenho mil razões pra ser feliz...
Hoje estou colocando as coisas e as pessoas em seus respectivos lugares na minha vida.
Cumpri as regras da organização: descartei, conservei, doei.
Limpei os meus compartimentos: mente, coração e corpo.
Refiz sim, e renovo isso todos os dias.
Tenho planos, e se D'us quiser, vou realizá-los.
Ainda há muito o que ser feito.
Às vezes, precisamos sair de cena para refazer novos capítulos nas nossas vidas.
Percebi que refazer é diferente de fazer de novo, assim como um novo dia nem sempre é um dia novo.


Medo, eu não te escuto mais! Você, não me leva a nada! Se quiser saber pra onde eu vou,... pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou...
Jota Quest



sexta-feira, 29 de julho de 2016

A SÍNDROME DE GABRIELA

Certamente quem já passou dos 40 lembra da novela Gabriela, Cravo e Canela. Mais precisamente da protagonista: Sônia Braga. No auge da beleza ela dava vida ao personagem desejado pelos homens e invejado pelas mulheres: Gabriela. Mas o que tem a ver novela com o mundo corporativo? A novela em si quase nada, mas a música tema da trama brilhantemente escrita por Jorge Amado tem sim tudo a ver. Os versos cantados por Gal Costa traziam um tom brejeiro para o personagem e dizia assim: "eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim... Gabriela... sempre Gabriela".


A partir destes versos eu afirmo: tem muita gente com síndrome de Gabriela! Quantas pessoas você conhece que repetem o discurso: eu nasci assim, e sou mesmo assim e não mudo, não mudo e não mudo! Tenho certeza que já se deparou com diversos colegas que falam, pensam e agem desta forma.
O fato é que com tantas mudanças ocorrendo no mundo afora ainda tem gente que insiste em querer fazer tudo igual, sem chance de abrir uma possibilidade para o novo. Pior é quem acredita que essa postura retrógrada é boa para si e para a empresa. A única certeza que temos é que tudo mudará! Para uma empresa crescer é necessário passar por mudanças. Para um profissional ascender na carreira também. Claro que nem toda mudança é positiva, mas quanto mais resistimos ao inevitável, mais sofremos. Por isso, é preciso aprender sobre elas e com elas.
Realmente não é fácil lidar com as mudanças. Existem muitos fatores que levam as pessoas a lidar de forma negativa com as mudanças. Entre eles destaco três: a homeostase, o interesse pessoal e o pensamento de curto prazo. Existe uma velha frase no meio esportivo que reforça a idéia de homeostase: em time que está ganhando não se mexe. É aquela pessoa que quando sai de férias viaja sempre para o mesmo lugar e faz tudo sempre igual. Seguramente está perdendo a oportunidade de aprender com o novo e de descobrir outras possibilidades.
Há pessoas que simplesmente não mudam por puro interesse pessoal. Infelizmente vemos diversos casos assim na política nacional, nas entidades de classe, em cargos de comando nas empresas e em outros ambientes onde estas pessoas se beneficiam de alguma forma com esta estagnação. O pensamento de curto prazo normalmente acomete as pessoas por falta de hábito em planejar. Enquanto há aqueles que vivem planejando e raramente fazem alguma coisa, há também outros que não pensam no futuro. Somente vivem suas vidas como aquela outra música do Zeca Pagodinho e que chamo de hino da inoperância: "deixa a vida me levar, vida leva eu..." Como tem gente nas empresas agindo assim e se sentindo o máximo.
O resultado de tudo isso é o medo! Basicamente as pessoas têm medo das mudanças por causa do medo. O medo nosso de cada dia: o medo de dar errado, o medo de não conseguir, o medo de se frustrar, o medo de arriscar, o medo do ridículo, o medo de não ser aceito, o medo de sentir medo.
Diante de tudo isso, será que é possível lidar bem com as mudanças? Claro que sim, mas para isso é preciso criar um ambiente corporativo favorável e que passa por alguns aspectos: melhorar a comunicação entre todos os níveis; fortalecer o pensamento estratégico e de longo prazo a todos os funcionários; preparar mais e melhor as lideranças; gerar oportunidades para que as pessoas tentem e participem sem o medo de punição; e fundamentalmente difundir o conhecimento, os planos de futuro e as expectativas do presente. Com estas ações é possível criar um clima interno de motivação para a mudança.
Outro fato é que a mudança está cada vez mais acelerada. Com os avanços tecnológicos e das comunicações o mundo se torna constantemente mais veloz. Também temos o fator densidade populacional. Há mais pessoas no mundo o que aumenta a concorrência. Para se destacar em meio à multidão é preciso uma excelente capacidade de adaptação. As teorias de Charles Darwin também podem servir para o mundo corporativo. Ou seja, hoje em dia e no futuro sobreviverão aqueles que forem mais ágeis, mais rápidos, mais dinâmicos e assertivos. Portanto, fique alerta para perceber se você também não pegou o vírus da síndrome de Gabriela. O primeiro sintoma é começar a achar que tudo está bom do jeito que está!

Autor: Rogério Martins
Repostando

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Desapego e descarte: uma solução.

Passei um longo período sem postar, e hoje decidir retomar esta atividade que tanto amo, por causa de um comentário feito pela amiga Thais Helena, Thais foi minha chefe e se tornou uma grande e querida amiga. 

Nesse longo período, muitas mudanças aconteceram em minha vida. Mudanças essas que vieram pra melhorar, pra ajudar a superar algumas pendências que não conseguia solucionar. Mudanças que vieram substituir coisas, pensamentos e sentimentos.

Percebi e senti na pele, o quanto é importante a gente se renovar, deixar pra trás coisas e sentimentos que insistimos em conservar. Que nos prendem, que não deixam a vida seguir em frente. Por isso a necessidade do desapego, do descarte, de jogar fora aquilo que não nos serve mais, tirar da bagagem o que pesa e não nos é mais útil, ou não nos cabe mais, porque crescemos. Não para os lados, mas para cima, na auto-estima, no amor próprio.

A minha bagagem ficou mais leve. Aceitei o que achava inconcebível, mas que não podia ser mudado. Ganhei de presente AMOR. Sim, com letra maiúscula. Amor esse que só uma mãe, que se torna avó, pode conhecer. E eu conheci... em triplo. Descobri o amor próprio. O amor que ninguém vai sentir por você, se você não descobre e reconhece o que de melhor você tem. 

Descartei junto algumas "amizades". Aliás, que descobri que a amizade era unilateral... só eu via assim. Libertei-me da falsidade. Eu carregava a bagagem dos outros.

Minha mãe me ensinou que cartaz é pra parede. E parei de dar cartaz, de idolatrar pessoas, para satisfazê-las. Não preciso ser ou agir da maneira que as pessoas querem que eu seja ou aja. Quem quiser minha amizade, minha companhia, tem que me aceitar como sou. Não bebo, não sou obrigada a beber pra rir e ser feliz. Não gosto da madrugada. Sou do dia. Lógico que posso abrir mão em ocasiões. Abrir mão por mim, não pra satisfazer ninguém, a menos que eu queira, que isso me de prazer, me faça bem.  Ou que eu queira fazer por alguém.

Ninguém é melhor que você. Aliás, acho que ninguém é melhor que ninguém. O que eu tenho de qualidades, tenho também de defeitos. O que vejo de defeito em mim, é qualidade em outros, assim como as virtudes. A única coisa que não temos que abrir mão, é do nosso caráter. Esse tem que ser imutável, estar acima de todas as coisas.



 Descartei orgulho e vaidade. Sou muito mais humilde. Descobri que um guarda-roupa cheio de roupas novas, não me dava felicidade. Me satisfazia por algumas horas. É claro que gosto de estar arrumada, cheirosa, mas prefiro estar mais arrumada por dentro. É muito melhor, e não custa um centavo. Ao contrário, custa muito riso, muita alegria. Mas não sou de ferro não, nem fiquei dura. Continuo a mesma pessoa sensível, romântica, amiga. Só que com os pés no chão. 

Flutuar de amor, sair do prumo, sentir borboletas no estômago é muito bom, mas é melhor ainda quando isso tem limite, e esse limite é você se colocar à frente. Não ficar à sombra de ninguém. Ser quem você é. Tentar eliminar o que tem de ruim, como uma roupa velha e rasgada que não serve mais pra você, nem pra ninguém. Passa a ser um pedaço de pano. Um retalho. Já foi parte de uma roupa que você achava o máximo, mas agora é só um retalho.

Esse retalho pode ser aproveitado se você cortar certinho, costurar a outros retalhos, e fazer uma bela colcha, num Patchwork. Fica linda, nova e faz um efeito. Assim a gente fica: renovado. É como reaproveitar a roupa encostada e customizar para se transformar numa roupa nova. Assim estou fazendo comigo. Separando meus pedaços de retalhos mais bonitos, juntando-os, pra me tornar uma pessoa melhor. Peguei meus cacos e e estou aos poucos jogando no lixo. Eles estavam me ferindo. A cola não era forte suficiente para sustentar os pedaços, e de qualquer forma, a aparência não mudava: os remendos eram aparentes. E eu previsível demais.

Assim é a vida: nascemos dependentes e totalmente inocentes. Ao crescer, aprendemos a brincar, a chorar e brigar pelo que queremos. Batemos os pés no chão, ou rolamos nele. Conforme o tempo passa, mudamos de atitudes, até porque não dá mais resultado bater com os pés e rolar no chão. A gente começa a aprender a conquistar a vida, os sonhos, os amores, o futuro. Nesse aprendizado, rimos e choramos diversas vezes, mas vamos crescendo e amadurecendo. Muitos ficam amargos, maldizem suas vidas, invejam as conquistas alheias, pois ao invés de fazerem suas colchas, ficam observando aquelas que o outros costuram com seu suor, cortando à própria pele, aproveitando as linhas que são muitas vezes puxadas por outros na surdina.

Estou fazendo a minha. Que façamos de nossas vidas muito Patchwork. 
Desapegar, descartar, jogar fora, mudar a cara.
Essas são as regras da organização, seja da sua casa, de seu armário, de seus papéis.
Essas são as regras que regem a vida.


Desapego e descarte: uma solução.

Passei um longo período sem postar, e hoje decidir retomar esta atividade que tanto amo, por causa de um comentário feito pela amiga Thais Helena, Thais foi minha chefe e se tornou uma grande e querida amiga. 

Nesse longo período, muitas mudanças aconteceram em minha vida. Mudanças essas que vieram pra melhorar, pra ajudar a superar algumas pendências que não conseguia solucionar. Mudanças que vieram substituir coisas, pensamentos e sentimentos.

Percebi e senti na pele, o quanto é importante a gente se renovar, deixar pra trás coisas e sentimentos que insistimos em conservar. Que nos prendem, que não deixam a vida seguir em frente. Por isso a necessidade do desapego, do descarte, de jogar fora aquilo que não nos serve mais, tirar da bagagem o que pesa e não nos é mais útil, ou não nos cabe mais, porque crescemos. Não para os lados, mas para cima, na auto-estima, no amor próprio.

A minha bagagem ficou mais leve. Aceitei o que achava inconcebível, mas que não podia ser mudado. Ganhei de presente AMOR. Sim, com letra maiúscula. Amor esse que só uma mãe, que se torna avó, pode conhecer. E eu conheci... em triplo. Descobri o amor próprio. O amor que ninguém vai sentir por você, se você não descobre e reconhece o que de melhor você tem. 

Descartei junto algumas "amizades". Aliás, que descobri que a amizade era unilateral... só eu via assim. Libertei-me da falsidade. Eu carregava a bagagem dos outros.

Minha mãe me ensinou que cartaz é pra parede. E parei de dar cartaz, de idolatrar pessoas, para satisfazê-las. Não preciso ser ou agir da maneira que as pessoas querem que eu seja ou aja. Quem quiser minha amizade, minha companhia, tem que me aceitar como sou. Não bebo, não sou obrigada a beber pra rir e ser feliz. Não gosto da madrugada. Sou do dia. Lógico que posso abrir mão em ocasiões. Abrir mão por mim, não pra satisfazer ninguém, a menos que eu queira, que isso me de prazer, me faça bem.  Ou que eu queira fazer por alguém.

Ninguém é melhor que você. Aliás, acho que ninguém é melhor que ninguém. O que eu tenho de qualidades, tenho também de defeitos. O que vejo de defeito em mim, é qualidade em outros, assim como as virtudes. A única coisa que não temos que abrir mão, é do nosso caráter. Esse tem que ser imutável, estar acima de todas as coisas.



 Descartei orgulho e vaidade. Sou muito mais humilde. Descobri que um guarda-roupa cheio de roupas novas, não me dava felicidade. Me satisfazia por algumas horas. É claro que gosto de estar arrumada, cheirosa, mas prefiro estar mais arrumada por dentro. É muito melhor, e não custa um centavo. Ao contrário, custa muito riso, muita alegria. Mas não sou de ferro não, nem fiquei dura. Continuo a mesma pessoa sensível, romântica, amiga. Só que com os pés no chão. 

Flutuar de amor, sair do prumo, sentir borboletas no estômago é muito bom, mas é melhor ainda quando isso tem limite, e esse limite é você se colocar à frente. Não ficar à sombra de ninguém. Ser quem você é. Tentar eliminar o que tem de ruim, como uma roupa velha e rasgada que não serve mais pra você, nem pra ninguém. Passa a ser um pedaço de pano. Um retalho. Já foi parte de uma roupa que você achava o máximo, mas agora é só um retalho.

Esse retalho pode ser aproveitado se você cortar certinho, costurar a outros retalhos, e fazer uma bela colcha, num Patchwork. Fica linda, nova e faz um efeito. Assim a gente fica: renovado. É como reaproveitar a roupa encostada e customizar para se transformar numa roupa nova. Assim estou fazendo comigo. Separando meus pedaços de retalhos mais bonitos, juntando-os, pra me tornar uma pessoa melhor. Peguei meus cacos e e estou aos poucos jogando no lixo. Eles estavam me ferindo. A cola não era forte suficiente para sustentar os pedaços, e de qualquer forma, a aparência não mudava: os remendos eram aparentes. E eu previsível demais.

Assim é a vida: nascemos dependentes e totalmente inocentes. Ao crescer, aprendemos a brincar, a chorar e brigar pelo que queremos. Batemos os pés no chão, ou rolamos nele. Conforme o tempo passa, mudamos de atitudes, até porque não dá mais resultado bater com os pés e rolar no chão. A gente começa a aprender a conquistar a vida, os sonhos, os amores, o futuro. Nesse aprendizado, rimos e choramos diversas vezes, mas vamos crescendo e amadurecendo. Muitos ficam amargos, maldizem suas vidas, invejam as conquistas alheias, pois ao invés de fazerem suas colchas, ficam observando aquelas que o outros costuram com seu suor, cortando à própria pele, aproveitando as linhas que são muitas vezes puxadas por outros na surdina.

Estou fazendo a minha. Que façamos de nossas vidas muito Patchwork. 
Desapegar, descartar, jogar fora, mudar a cara.
Essas são as regras da organização, seja da sua casa, de seu armário, de seus papéis.
Essas são as regras que regem a vida.